ARTIGO

Reconstrução mamária imediata ou tardia: como decidir o melhor momento para a cirurgia

A reconstrução mamária pode ser realizada junto à mastectomia ou em outro momento. Entenda as diferenças entre reconstrução imediata e tardia e como escolher o melhor momento com o seu mastologista.
Reconstrução mamária imediata ou tardia- como decidir o melhor momento para a cirurgia

Após o diagnóstico do câncer de mama, muitas dúvidas surgem, e uma das mais importantes é sobre o momento ideal para realizar a reconstrução mamária.

Essa decisão vai muito além do tempo cirúrgico: envolve avaliação médica detalhada, contexto emocional e objetivos pessoais de cada paciente.

A escolha entre reconstrução imediata ou tardia deve ser feita de forma compartilhada entre médico e paciente, sempre considerando segurança, resultados e bem-estar integral.

Reconstrução imediata: recomeço no mesmo ato cirúrgico

Na reconstrução imediata, o procedimento é realizado durante a mesma cirurgia da mastectomia.

Esse formato reduz o número total de cirurgias e o impacto emocional da retirada da mama, já que a paciente acorda da cirurgia com o volume reconstruído.

Entre as principais vantagens estão:

  • Preservação da pele e melhor resultado estético;
  • Recuperação emocional mais rápida;
  • Menor trauma corporal e necessidade de anestesias adicionais.

No entanto, nem todos os casos permitem a reconstrução imediata. Tumores avançados, necessidade de radioterapia ou certas condições clínicas podem exigir mais cautela antes da reconstrução.

Reconstrução tardia: quando o tempo é parte do tratamento

A reconstrução tardia é indicada quando é necessário concluir outras etapas do tratamento, como quimioterapia ou radioterapia, antes da cirurgia reconstrutora.

Esse intervalo oferece melhor previsibilidade de resultados e segurança para o processo de cicatrização.

Mesmo que ocorra meses ou anos depois, a reconstrução tardia é igualmente transformadora.

Ela representa não apenas a recuperação física, mas também o fechamento de um ciclo, permitindo que a paciente retome a relação com o próprio corpo em um momento de maior estabilidade emocional.

Decisão compartilhada entre médico e paciente

Cada caso é único, e o diálogo é o ponto de partida.

O mastologista, junto ao cirurgião plástico e ao oncologista, avalia o quadro clínico e orienta sobre o momento mais seguro e adequado.

Mais do que técnica, a decisão envolve confiança, escuta e respeito ao tempo de cada paciente.

A reconstrução mamária é, antes de tudo, uma escolha sobre como viver o recomeço, e deve ser feita sem pressa, com informação e amparo.

Conclusão

Não existe um único momento ideal para reconstruir, existe o tempo certo para cada paciente.

Com o acompanhamento do mastologista e uma equipe integrada, é possível unir técnica, segurança e acolhimento.

Porque o verdadeiro recomeço não está apenas na cirurgia, mas na forma como cada pessoa escolhe reconstruir sua própria história.